sexta-feira, 29 de abril de 2011

Material do Fórum Setorizado sobre Projeto Interventivo - Parte 1

Projeto Interventivo

O Projeto Interventivo - PI constitui-se em um princípio do BIA destinado a UM GRUPO DE ESTUDANTES, com dificuldades educacionais que justifiquem o não acompanhamento das situações de aprendizagens propostas para o ano em que se encontra matriculado, independente da idade. Tem como objetivo principal sanar essas dificuldades assim que surjam, por meio de estratégia diferenciada. É uma proposta de intervenção complementar, de inclusão pedagógica e de atendimento individualizado. Ressalta-se que os estudantes portadores de Necessidades Educativas Especiais deverão estar sempre incluídos em todas as estratégias do Bloco, ajustadas, sempre que necessário às suas especificidades.

O Projeto Interventivo deve ser realizado considerando a diversidade do espaço, entendido como ambiente escolar e as peculiaridades das aprendizagens dos mesmos. Deve ser permanente na sua oferta e flexível, dinâmico e temporário no atendimento aos estudantes. É importante salientar que mesmo tendo sido atendido no reagrupamento, caso a necessidade permaneça, o Projeto Interventivo se apresenta como outra estratégia de atendimento. O período de realização do Projeto Interventivo deverá ser estabelecido pela equipe escolar, em função das necessidades dos estudantes. A instituição educacional não pode paralisar as suas ações justificando que não tem espaço e pessoas para atender

Os Projetos Interventivos devem ser elaborados pelos professores juntamente com os demais profissionais envolvidos no processo pedagógico que definirão objetivos, metodologias, formas de registro, acompanhamento e avaliação além da adequação do tempo e os espaços para desenvolvimento do mesmo. Para Villas Boas, (2010, p. 34) “enquanto se desenvolvem as atividades de intervenção entre os estudantes, investigam-se as melhores estratégias de aprendizagem para cada um deles”. Por isso é preciso entender que o Projeto Interventivo é integrador e pertence ao grupo de educadores que compartilham os mesmos objetivos e interesses.

O diagnóstico deve servir como ponto de partida para que os professores possam conhecer melhor o estudante, o que ele sabe, sua história de vida, sua cultura, seu universo linguístico, bem como seu processo de socialização. Uma vez identificadas às necessidades, propor-se-ão as intervenções pedagógicas. É então, o eixo orientador da organização do Projeto. A partir do diagnóstico, serão elaborados os objetivos, as expectativas, definidas as habilidades e ações, bem como o seu processo de avaliação

O atendimento no Projeto Interventivo pode ocorrer em duas modalidades. Vamos conhecê-las?
•Estudantes defasados idade/série: estudantes com mais de dois anos de defasagem. Mesmo que o estudante não apresente necessidades de aprendizagem (o foco é o avanço da aprendizagem). É preciso ficar atento para a necessidade de gerar um possível avanço de estudos, conforme previsto na estratégia de matrícula da SEDF. Contudo, é importante termos cuidado para não confundirmos com Programas de Correção de Fluxo.
•Estudantes com dificuldade (independente da idade-ano de escolaridade em que se encontram) de aprendizagem: estudantes com dificuldades específicas de aprendizagem. Embora participem de diferentes estratégias previstas no Bloco, ainda apresentam defasagens que possam comprometer a continuidade do desenvolvimento de sua aprendizagem.

Seus objetivos são específicos e cabe ressaltar a importância dos registros de todas as ações pertencentes à construção do Projeto Interventivo. Algumas formas de registro serão estabelecidas pela SEDF, no diário de classe, outras poderão ser constituídas e adotadas por cada IE e por cada professor, (portfólio, fichas de acompanhamento) Faz-se necessário incluir também os registros das atividades dos estudantes.
Sua elaboração deve contemplar uma estrutura que oriente o professor o seu funcionamento além da dinâmica de atendimento aos estudantes. Deve reunir em seu registro o nome e as necessidades dos estudantes individualmente, as intervenções realizadas. Convém salientar que a escrita do Projeto Interventivo torna-se importante como registro, mas que os responsáveis por esse, não devem dedicar-se exageradamente a escrita tornando-a burocrática demais ou muito acadêmica por tratar-se de um registro que deve traduzir a dinamicidade ocorrida no dia a dia de sua aplicação

SEEDF. Estratégia Pedagógica do Bloco Inicial de Alfabetização - 2ª edição - Versão Experimental. 2010.


2 comentários:

  1. É um caminho que vai direcionar aos objetivos: atingir os alunos com defasagem sem prejuízo do resto da turma. O Projeto é uma das melhores ferramentas que o professor pode usar... é preciso acreditar! Parabéns pela divulgação!!

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  2. Na verdade é uma dúvida: Gostaria de saber se os alunos ANEEs devem participar do projeto interventivo, tendo como ponto que ele precisa de um trabalho mais diferenciado e já tem atendimento com a equipe da escola(psicopedagoga,psicóloga e orientadora)???

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