quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Resultado do Processo Seletivo para o EXPOBIA



Categoria Comunicação

Escola
Projeto
EC12
SOU CIDADÃO, E VOCÊ?
EC10
COZINHA EDUCATIVA
EC 21
MÃOS LETRADAS
CEF18
CONTOS DE FADAS – “ERA UMA VEZ...BRUXAS E FADAS”
EC16
LENDO E COMPREENDENDO O MUNDO QUE DEUS NOS DEU...MEIO AMBIENTE E CIDADANIA SOB UM NOVO OLHAR
EC 01
COM A MÃO NA MASSA
EC50
CIRANDA DE LIVROS

Obs. O turno e o horário da apresentação serão informados posteriormente.



Categoria Estande

Escola
Projeto
EC CAVP
ERA UMA VEZ...
EC 24
AS AVENTURAS DO MEU BOTÃO
EC 42
PARA GOSTAR DE LER
EC 2 VP
PRESERVIDA
EC 29
COLETÂNEA DE APRENDIZAGENS
EC GUAR
ESCREVER É LEGAL
EC 15
A PINTURA NO MUNDO DE TARSILA DO AMARAL
EC18
GENTE DO BEM CONHECE, VALORIZA E AMA SUA HISTÓRIA



Apresentações Culturais

Escola
Apresentação
EC 10
DANÇA
EC 21
DANÇA
EC CAVP
TEATRO
EC 48
CANTO
EC Guar
DANÇA
EC 53
CANTO


Agradecemos à todas as escolas que se inscreveram para o evento e cabe ressaltar, que as escolas que não irão expor seus projetos nas categorias Comunicação e Estande deverão participar com a exposição do Pôster/Banner, a fim de socializar os trabalhos/projetos desenvolvidos pela escola ao longo do ano letivo de 2011, conforme especificações contidas nas Orientações Gerais enviadas por meio da Circular nº 380/2011 de 13/10/11.

Estamos em contagem regressiva...

Provinha Brasil de Linguagem - 2ª fase

Oficina Metodologia Investigativa no Ensino de Ciências - Parte 5


LETRAMENTO E DIVERSIDADE COMO EIXOS DO CURRÍCULO
A instituição educacional é um espaço sociocultural em que as diferentes identidades são encontradas, constituídas, formadas, produzidas e reproduzidas, sendo, portanto, um dos ambientes mais propícios para se educar no tocante ao respeito à diferença...
Nesse contexto, educar para a diversidade não significa, apenas, reconhecer as diferenças, mas refletir sobre as relações e os direitos de todas e todos. Assim, é de suma importância oferecer formação continuada a professoras e professores, que atuam na educação básica, sobre conteúdos específicos das relações de gênero, étnico-racial, de orientação sexual e para as pessoas com deficiências, para que possam trabalhar com suas estudantes e seus estudantes, transversal e interdisciplinarmente.                 
  Nesse sentido, a questão epistemológica que nos remete ao conceito de letramento é, sem dúvida, um desafio deste currículo, uma vez que os elementos constitutivos da leitura e da escrita (teoria e prática) devem conjugar os conteúdos escolares às práticas sociais, a fim de consolidar os eventos do letramento sobre a aprendizagem.   

 (Currículo da Educação Básica do DF – EF09 anos)


PCN’S - CIÊNCIAS NATURAIS  


AVALIAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS
          Tradicionalmente, a avaliação restringe-se à verificação da aquisição de conceitos pelos alunos, mediante questionários. Todavia, o fato dos alunos responderem de acordo com o texto, não significa que tenham compreendido o conceito em questão.
               A avaliação pode ser efetivamente realizada ao se solicitar ao aluno que interprete situações determinadas. É necessário que a proposta de interpretação ocorra em suficiente número de vezes para que o professor possa detectar se os alunos são capazes de realizar observações, questionamentos, saibam rever, aplicar, testar e modificar suas hipóteses e explicações, ou seja, organizem informações sobre temas específicos com conceitos científicos.



                  METODOLOGIA INVESTIGATIVA – O QUE NÃO PODE FALTAR?

  1. DEFINIÇÃO DO TEMA
           Analisando os blocos de conteúdos propostos em Ciências naturais apontam-se possíveis temas, alguns internos a outros que articulam conteúdos entre as áreas de conhecimento. Os temas podem ser desde os mais abrangentes ou gerais, até os mais específicos ou circunscritos a determinados fenômenos.
  1. ESCOLHA DO PROBLEMA
          ...uma questão toma a dimensão de um problema quando suscita a dúvida, estimula a solução e cria a necessidade de ir à busca de informações para que as soluções se apresentem. Implica, ainda, confrontar soluções diferentes, analisá-las e concluir sobre a que melhor explica o tema em estudo.

  1. CONTEÚDOS E ATIVIDADES NECESSÁRIOS AO TRATAMENTO DO PROBLEMA
          Ao planejar o professor precisa delimitar o campo de investigação sobre o tema, abrangendo conteúdos conceituais (aqueles que dizem respeito àqueles em desenvolvimento e a outros, novos, que representam acréscimo à compreensão do tema), procedimentais (atividades a serem realizadas e os materiais necessários) e atitudinais (questões éticas, valores...). É necessário que o professor elabore e apresente aos alunos um roteiro contendo os aspectos a serem investigados, os procedimentos necessários, as atividades a serem realizados e os materiais necessários. É importante, ainda, que se esclareçam as etapas da investigação e o modo de organização dos dados obtidos.
      4.PROBLEMATIZAÇÃO

          Definido um tema de trabalho é importante o professor distinguir quais questões são problemas para si próprios, que têm sentido em seu processo de aprendizagem das Ciências, e quais terão sentido para os alunos, portanto adequadas às suas possibilidades cognitivas... É preciso que o conteúdo a ser trabalhado se apresente como um problema a ser resolvido. A problematização busca promover mudança conceitual.

  1. BUSCA DE INFORMAÇÕES EM FONTES VARIADAS
          A busca de informações em fontes variadas é um procedimento importante para o ensino e aprendizagem de Ciências... São algumas modalidades desse procedimento: observação, experimentação, leitura, entrevista, excursão ou estudo do meio, enfim, a construção do conhecimento se constitui em diferenciados modos de obter informações.
          Ao estudar o tema a ser investigado por sua classe o professor verifica uma rede de idéias implicada no tema em questão e seleciona quais irão nortear a problematização. O professor deve ter clareza de que são as teorias científicas que oferecem as referências para que os alunos elaborem suas reinterpretações sobre os temas em estudo, num processo continuo de confronto entre diferentes idéias...
          O sujeito que observa, experimenta ou lê, coloca em ação, seus conhecimentos anteriores, interpretando as informações a partir de seus próprios referenciais... É necessário que se oriente o aluno nessa busca, de modo que ele obtenha os dados necessários ao confronto das suposições previamente estabelecidas e possa reelaborá-las, tomando como referência a rede de idéias instalada pelo professor.
5.1.OBSERVAÇÃO

          ... A observação na área de Ciências Naturais é um procedimento guiado pelo professor, previamente planejado. Existem dois modos de realizar observações:

Ø  Em contato direto com os objetos de estudo: ambientes, animais, plantas, máquinas e outros objetos que estão disponíveis no meio.
Ø  Mediante recursos técnicos ou seus produtos. São os casos de observações feitas por meio de microscópio, telescópio, fotos, filmes ou gravuras.

          Ainda que o professor selecione aspectos a serem observados, é também importante que ofereça um roteiro de observação, ou proponha desafios. Uma parte das observações deve ser feita de modo espontâneo pelos alunos, seguindo seus próprios interesses, o que em geral ocorre naturalmente.

5.2.EXPERIMENTAÇÃO

          Frequentemente, o experimento é trabalhado como uma atividade em que o professor, acompanhando um protocolo ou guia de experimento, procede à demonstração de um fenômeno, principalmente para alunos pequenos, como nos casos de experimentos que envolvem o uso de materiais perigosos – ácidos, formol, entre outros – e fogo, ou quando não há materiais suficientes para todos.
          ...Ao lhe oferecer um protocolo definido ou guia de experimento, os desafios estão em interpretar o protocolo, organizar e manipular os materiais, observar os resultados e checá-los com os esperados.
5.3.LEITURA DE TEXTOS INFORMATIVOS

          Além do livro didático, outras fontes oferecem textos informativos: enciclopédias, livros paradidáticos, artigos de jornais e revistas, folhetos de campanhas de saúde, de museus, textos da mídia informatizada, etc.
          O professor precisa conhecer previamente os textos que sugere aos alunos, verificando se os pré-requisitos exigidos para a leitura são de domínio de sua classe e a qualidade das informações impressas.
          A prática de selecionar artigos de jornais e revistas é útil para o professor, que terá acesso a variedades de textos e ilustrações quando forem necessárias.
  1. SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS
          É necessário que o professor organize a sistematização de conhecimentos, parciais e gerais, para cada tema estudado por sua classe. Durante a investigação de um tema uma série de noções, procedimentos e atitudes vão se desenvolvendo, fechamentos parciais devem ser produzidos de modo a organizar com a classe as novas aquisições. Ao final das investigações sobre o tema, recuperando-se os aspectos fundamentais das sistematizações parciais, é produzida, então, a síntese final.
          Dos 4ºs e 5ºs anos em diante, os fechamentos já podem se organizar na forma de textos-sínteses, maquetes acompanhadas de textos explicativos e/ou relatórios que agreguem uma quantidade expressiva de dados e informações.
Para refletir:     "A natureza criou o tapete sem fim que recobre a superfície da terra. Dentro da pelagem desse tapete vivem todos os animais, respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem." - Monteiro Lobato

Oficina Metodologia Investigativa no Ensino de Ciências - Parte 4

Oficina Metodologia Investigativa no Ensino de Ciências - Parte 3


Tudo o que você queria saber sobre pré-sal


por Willian Vieira e Maurício Horta


                Há 130 milhões de anos a América do Sul e a África começavam a se separar fisicamente. E, na rachadura entre os dois continentes, um caldo de matéria orgânica foi se acumulando. Enterrado então por uma imensa camada de sal e por sedimentos, esse cemitério de plâncton cretáceo se tornaria o novo passe para o "país do futuro". As regiões onde se formariam as bacias de Campos e de Santos foram varridas por terremotos, cheias de rios, desmoronamentos e tempestades. A cada catástrofe, enormes fluxos de sedimentos se depositaram no fundo da fenda. Assim se criou um lago estreito de água salobra de 800 km de comprimento. Esse lago virou um enorme pântano rico em plâncton - organismos como bactérias e crustáceos microscópicos. Conforme essa matéria orgânica se depositava, ela se misturava a finas partículas de argila, areia, calcário e conchas. Formou-se então a rocha porosa em que o petróleo está armazenado.

 Mas a atividade tectônica não parou por aí. Com o afastamento dos continentes, as águas do oceano passaram a invadir o lago, formando um mar longo e estreito. Assim que a água salgada evaporava, acumulava uma camada de sal no leito do mar. Com o tempo, o sal atingiu 2 mil m de profundidade.  O mar continuou se alargando e formou o Atlântico Sul. Com o calor e sob a pressão da água, do leito oceânico, do sal e de rochas, a matéria orgânica virou petróleo nos últimos 20 milhões de anos.

O petróleo do pré-sal não é dos melhores, mas ainda assim é bem superior ao do pós-sal. Hoje, 70% dele é do tipo "pesado". Para virar produtos de alto valor, como diesel, gasolina e lubrificantes, encarece muito o refino, ele acaba valendo bem menos. Já o pré-sal tem petróleo de densidade média - mais fácil de refinar, e mais valioso. Essa diferença de qualidade acontece por causa das temperaturas nas profundezas do pré-sal. O calor de 150 ºC não permitiu proliferar as bactérias que no pós-sal comeram as frações mais leves do óleo.

As plataformas serão como navios ancorados a 3 km do leito do mar. Cada uma terá até 200 funcionários, que virão em super-helicópteros capazes de vencer distâncias para aviões: 300 km em 80 minutos. Ainda não se sabe como as sondas vão vencer 2 km de sedimentos e 2 km de sal, que se comporta como uma massa plástica e impermeável teimosa. O óleo sai de 150 ºC lá de baixo do sal e chega a 4 ºC na lâmina d’água - e nesse resfriamento ele pode coagular e entupir os dutos. Junto com o petróleo vem de brinde o gás natural. Maravilha? Não. Para transportar o gás, é necessário um caro gasoduto oceânico de 300 km ou liquefazê-lo na plataforma - processo que desperdiça energia.

Ninguém sabe o quanto de petróleo existe nesta reserva, mas as estimativas da Agência Nacional do Petróleo é de que, com o pré-sal, o Brasil tenha 50 bilhões de barris de petróleo, só nas áreas prospectadas. E, se depender de anúncios mirabolantes do Ministério de Minas e Energia, esse número pode atingir 150 bilhões de barris. Se for verdade, o Brasil ultrapassará o Irã como a 3ª maior reserva do mundo.

Se você encontrou petróleo ao fazer um buraco no quintal, não, não ficou rico. O que jorrar é da União. Para ter direito de explorá-lo, vale a mesma regra de gravar a música de outra pessoa: tem que pagar royalties. Hoje, 30% dos royalties vão para a União, 26,25% para estados produtores, 26,25% para municípios produtores, 8,75% para municípios atingidos pelo transporte do petróleo e 8,75% para demais estados e municípios. O argumento para essa divisão é que os royalties servem para compensar estados e municípios produtores com o que gastarem em infraestrutura, e compensar possíveis danos ambientais. Mas quem não mama chora: deputados de estados não produtores propuseram distribuir os royalties para todos - o que tiraria R$ 8 bilhões do Rio. Isso, claro, engatilhou uma guerra entre estados. O Congresso esta estudando qual a melhor proposta de divisão.

A parte da receita do pré-sal que cabe à União vai para o Fundo Social. A ideia é que esse fundo deposite grana fora do Brasil, o que compensaria a entrada de dólar vindo do petróleo.  Assim, o fundo servirá de "colchão" quando o petróleo estiver em baixa.  Enquanto essa "poupança" deve continuar guardadinha, o governo deve sacar apenas seus rendimentos. Com essa grana, promete investir em tecnologia, educação, saúde, ambiente e combate à pobreza.

Ainda não somos autossuficientes em petróleo, embora o Brasil extraia mais petróleo do que consome, o cálculo engana. Como parte das refinarias brasileiras foi construída nos anos 70 para o petróleo leve importado do Oriente Médio, não conseguimos refinar todo o nosso óleo pesado. E aí o que fazemos é como exportar laranja e importar suco.

Na Arábia Saudita, o petróleo financia uma monarquia autoritária. Na Nigéria, alimenta conflitos étnico-religiosos. Na Venezuela, domina a economia ao ponto de a PDVSA, a "Petrobras" deles, virar um Estado dentro do Estado, e outro setores econômicos acabarem aniquilados. Mas é pouco provável que isso aconteça no Brasil. O país já era uma democracia estabelecida quando achou as megarreservas; sua economia é sólida e diversificada: apenas 8% do PIB vem do petróleo, contra 80% na Venezuela. E o Fundo Social deve evitar maiores problemas. Com o Estado controlando grande parte do setor, "o maior risco é o país não ter instituições fortes que impeçam a apropriação errônea desses recursos por grupos de poder", diz Maurício Canêdo , da FGV.

  Deverão surgir empregos nas áreas da Indústria Química (Nordeste e RJ), em estaleiros (PE,CE AL,BA,RJ, RS). Além de navios  a exploração do pré-sal tem trazido encomendas de equipamentos como helicópteros, submarinos, robôs, tudo mais ou menos made in Brazil, na marra. Isso pode trazer para cá centros de pesquisas tecnológicas de empresas estrangeiras - como a GE, que deve fazer no Rio seu 5º centro de pesquisas mundial, por US$ 150 milhões. Ele deve ter 300 funcionários, a maioria doutores.

Até 2012 a Petrobras quer contratar 207 mil profissionais. Para dar conta desse tsunami petroleiro, cerca de 100 novos cursos superiores voltados ao petróleo já pipocaram nos últimos dois anos, a maioria para tecnólogos. Mas o que mais falta é engenheiro: o déficit em 2012 será de 150 mil profissionais. Ainda assim, apenas 1 em cada 800 vestibulandos escolheram engenharia. E você? Vai perder essa?

Oficina Metodologia Investigativa no Ensino de Ciências - Parte 2


Habilidades e conteúdos
Metodologia Investigativa atendendo o eixo Letramento e Diversidade
Contextualizar o currículo e construir uma cultura de abertura ao novo, que absorva e reconheça a importância da afirmação da identidade, levando em conta os valores culturais dos estudantes e seus familiares, resgatando e construindo o respeito aos valores positivos que emergem do confronto das diferenças, fornecendo oportunidade de ampliar e de modificar os espaços de participação política de grupos menos favorecidos da sociedade, operando as vias de enfrentamento das desigualdades vividas entre os diferentes grupos humanos.“Os elementos constitutivos da leitura e da escrita (teoria e prática) devem conjugar os conteúdos escolares às práticas sociais, a fim de consolidar os evento do letramento sobre a aprendizagem.” (Trecho retirado do Currículo da Educação Básica do DF – EF09 anos)

a)Tema gerador
Pré-sal, através de leitura e reflexão de texto
   Pode-se partir de uma necessidade ou interesse da comunidade ou dar significado a partir da contextualização, ampliando a visão de mundo. Pode ocorrer a partir da reflexão (perguntas objetivas, perguntas inferenciais) sobre um texto, vídeo, atividade de observação (ex.: terrário, situação, maquete),...
  Tem a função de oferecer Provocação, significação e sensibilização.
  Fornece possibilidade para multiplicidade de problemas geradas por um único assunto.
b)Situação-problema
Qual será o foco de estudo?
 Devemos buscar uma mudança atitudinal nos alunos, para isso eles devem enfrentar situações-problemas e procurar soluções para eles, caminhando em um ciclo investigativo. O objetivo do ensino como investigação não é formar verdadeiros cientistas, tampouco obter única e exclusivamente mudanças conceituais, é formar pessoas que pensem sobre as coisas do mundo de forma não-superficial. O trabalho investigativo com crianças deve objetivar prioritariamente que desenvolvam a observação dos fatos da vida, começando a enxergar problemas nas coisas a seu redor, arriscando-se a fazer previsões e formular respostas, deixando encarar as coisas pelo senso comum, superficial e acriticamente. Deve fornecer um clima de desafio e mistério gerando vontade de resolver, adequadas ao nível cognitivo.
Após apresentar o problema, o professor deve promover uma nova organização de idéias no aluno. Verdadeiros problemas desenvolvem o gosto pelo “fazer” bem-feito, aumenta a auto-estima e sua confiança para enfrentar e explicar fatos novos, desenvolvendo várias habilidades pelo hábito de resolver problemas. Para isso o professor deve estar preparado para ouvir o que eles de fato tem a dizer, para que a criança não busque simplesmente qual a resposta correspondente à pergunta. Durante a resolução do problema deve-se: habituar a refletir e tomar decisões, incentivar a cooperação, dar tempo e espaço para a resolução.
    Quando se faz uma pergunta, supõe-se que gostaríamos de saber o que o outro pensa sobre o assunto, assim não podemos ter certeza absoluta do que o outro vai responder. Todavia algumas vezes percebemos entre aluno e professor um jogo de perguntas e respostas, onde o professor faz a pergunta sabendo de antemão o que espera como resposta e os alunos esforçam-se a descobrir qual a resposta esperada. Ironicamente fica esquecida o que realmente o aluno pensa sobre o assunto.
c)Levantamento de hipóteses
Questionamentos que irão direcionar para levantar as hipóteses dos alunos.
        Este momento pode ser usado como Diagnóstico, pois as discussões serão baseadas no senso comum, onde os alunos arriscam possíveis respostas às suas dúvidas.  Orientar os alunos que registrem suas considerações. Perceber até que ponto cada aluno é capaz de fazer uma observação da realidade sem inserir nela aspectos da sua imaginação. Realizar oralmente a partir de discussões, desenhos,...
        Inicialmente podem não ser hipóteses embasadas, mas forneceram a matéria-prima para o professor desenvolver com os alunos a superação da metodologia da superficialidade, chegando a hipóteses cada vez mais rigorosas em sala de aula e fora dela.
        As concepções dos alunos sobre o assunto tratado em aula orientam sua aprendizagem, pois interferem na sua interpretação dos fatos, dos resultados dos experimentos e daquilo que o professor diz. Suas explicações devem ser analisadas não tanto no sentido de quanto elas são semelhantes ou diferentes das explicações científicas mas para compreender seu pensamento. Muitas vezes, diante de situações de conflito cognitivo, os alunos não alteram seu conceito, adaptam a interpretação das observações ou dos resultados experimentais às suas explicações prévias.
       O conflito de idéias é o primeiro teste às hipóteses, algumas hipóteses serão descartadas, outras tentarão persistir mesmo estando ameaçadas. Novas perguntas serão feitas e novas hipóteses formuladas... e, quando isso ocorrer, as crianças estarão construindo o conhecimento.
d) Investigação
Quais estratégias de investigação o professor irá sugerir que os alunos usem. Lembrando que o professor deve orientar previamente sobre cada procedimento a ser utilizado.
        A aprendizagem se dá pela intensa atividade mental do aluno, fazendo relações e atribuindo significado, estabelecendo relações entre os fatos, comparando e julgando, a partir das intervenções realizadas pelo professor. O professor deve fomentar a utilização de outros sentidos, além da visão, incentivando que os alunos pensem modos de investigá-la.
        Para aproximar as construções dos alunos às das concepções científicas, buscar sensibilizar os alunos para a existência de explicações diferentes das suas, por meio de pesquisas, observações. O professor deve mostrar aos alunos que algumas explicações possuem mais coerência (suas premissas e seus pressupostos devem ser sempre adequados para explicar a realidade) e consistência (pode ser aplicada em contextos e situações distintas do dia-a-dia, porém “cientificamente equivalente”). Para tanto o aluno deve estar consciente das suas explicações para os fenômenos, para perceber as contradições. Este contraste deve favorecer um conflito cognitivo, contribuindo para que sintam necessidade de modificar tais idéias, devido perceber os pontos falhos de suas concepções, isto é, verificar que alguns desses conhecimentos prévios (hipótese inicial)não explicam parte da realidade (falta coerência) ou que só são válidos em uma dada situação, e não para outras equivalentes (falta consistência).
e) Validação (conclusão)
Estratégias para que o aluno, a partir do confronto de suas hipóteses com as investigações realizadas, conclua validando ou não as ideias levantadas.
      Neste momento o aluno já usou as observações e pesquisas (teorias), para validar ou não a hipótese, por meio do confronto de idéias.
·                Possibilitar um momento de auto-avaliação por parte do aluno do processo seguido.
f) Divulgação
Como serão socializadas as descobertas.
 Momento de valorização das descobertas dos alunos.


g) Novas indagações
Momento para perceber a possibilidade de desenvolver outros conteúdos e habilidades.
Estar atento aos interesses do aluno e/ou outros conteúdos a serem trabalhados que podem ser elencados a partir do tema gerador ou surgidas durante as investigações.


AVALIAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS
          Tradicionalmente, a avaliação restringe-se à verificação da aquisição de conceitos pelos alunos, mediante questionários. Todavia, o fato dos alunos responderem de acordo com o texto, não significa que tenham compreendido o conceito em questão.
               A avaliação pode ser efetivamente realizada ao se solicitar ao aluno que interprete situações determinadas. É necessário que a proposta de interpretação ocorra em suficiente número de vezes para que o professor possa detectar se os alunos são capazes de realizar observações, questionamentos, saibam rever, aplicar, testar e modificar suas hipóteses e explicações, ou seja, organizem informações sobre temas específicos com conceitos científicos.
Métodos de avaliação
- Formular problemas para verificar se os alunos compreenderam o que foi abordado na unidade didática, avaliando o aprendizado tendo em mente uma situação, o desenvolvimento e a resposta do aluno.
- Realizar uma aula de discussão para sistematizar o conhecimento adquirido;
- Escrever um relatório sobre o trabalho realizado;
Promover estratégias que respondam as seguintes questões:
- Que concepções dos alunos permaneceram sobre o assunto?
- O aluno é capaz de perceber a importância do conhecimento na sua vida?  
- De que ajuda cada aluno precisa para continuar avançando?

Fundamentação teórica

  Brasil.Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências naturais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
  Currículo da Educação Básica do Ensino Fundamental – Ensino Fundamental – Séries Anos Iniciais – GDF –     Secretaria de Educação Básica.
  Didática de Ciências, O ensino-aprendizagem como investigação. Coleção Conteúdo e Metodologia – Ciências. Maria Cristina da Cunha Campos e Rogério Gonçalves Nigro.


Sugestão de auto-avaliação para trabalho em grupo

Didática de Ciências, O ensino-aprendizagem como investigação. Coleção Conteúdo e Metodologia – Ciências. Maria Cristina da C. Campos e Rogério G. Nigro.pag. 175.

1.       Quando estou em um grupo de companheiros e amigos, sempre tento que façam o que quero.
2.       Falar em grupo não serve para nada, porque ninguém dá bola.
3.       Quando estou em grupo, tento convencer os outros quando acho que eles estão errados.
4.    É importante escutar os outros quando fazemos coisas em grupo.
5.    Não gosto de fazer trabalhos em grupo porque nunca entro em acordo com os meus companheiros.
6. Se estou em grupo e os outros querem que eu faça algo, eu respeito a decisão do grupo.
7. Quando se decide algo em grupo, levo em consideração a decisão dele, mesmo que não esteja de acordo.
8. Quando trabalho em grupo, eu mesmo prefiro estabelecer as regras.
9. Só trabalho em grupo quando o professor obriga.
10. Quando estou em um grupo e alguém me diz algo de que não gosto, fico agressivo.
11. Quando estou discutindo em grupo, espero os outros terminarem o que estão dizendo para eu, então, falar.
12. Quando estou em um grupo, não fico calado e digo aquilo que penso.
13. Quando estou em um grupo, tento falar com os outros para entrarmos em acordo.
14. Os grupos funcionam melhor quando todos concordam com as normas.
15. Gosto de cooperar com meus companheiros de grupo.
16. É mais agradável trabalhar em grupo.
17. Fazer coisas em grupo é uma chateação. Prefiro trabalhar sozinho.
18. É uma perda de tempo ter de escutar os outros quando estou em grupo.
19. Defendo as coisas que o meu grupo diz, mesmo que não esteja de acordo.
20. Quando estou em um grupo, me aborrece escutar o que os outros dizem.
21. É melhor trabalhar em grupo, pois se aprende mais.

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