quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Oficina Metodologia Investigativa no Ensino de Ciências - Parte 2


Habilidades e conteúdos
Metodologia Investigativa atendendo o eixo Letramento e Diversidade
Contextualizar o currículo e construir uma cultura de abertura ao novo, que absorva e reconheça a importância da afirmação da identidade, levando em conta os valores culturais dos estudantes e seus familiares, resgatando e construindo o respeito aos valores positivos que emergem do confronto das diferenças, fornecendo oportunidade de ampliar e de modificar os espaços de participação política de grupos menos favorecidos da sociedade, operando as vias de enfrentamento das desigualdades vividas entre os diferentes grupos humanos.“Os elementos constitutivos da leitura e da escrita (teoria e prática) devem conjugar os conteúdos escolares às práticas sociais, a fim de consolidar os evento do letramento sobre a aprendizagem.” (Trecho retirado do Currículo da Educação Básica do DF – EF09 anos)

a)Tema gerador
Pré-sal, através de leitura e reflexão de texto
   Pode-se partir de uma necessidade ou interesse da comunidade ou dar significado a partir da contextualização, ampliando a visão de mundo. Pode ocorrer a partir da reflexão (perguntas objetivas, perguntas inferenciais) sobre um texto, vídeo, atividade de observação (ex.: terrário, situação, maquete),...
  Tem a função de oferecer Provocação, significação e sensibilização.
  Fornece possibilidade para multiplicidade de problemas geradas por um único assunto.
b)Situação-problema
Qual será o foco de estudo?
 Devemos buscar uma mudança atitudinal nos alunos, para isso eles devem enfrentar situações-problemas e procurar soluções para eles, caminhando em um ciclo investigativo. O objetivo do ensino como investigação não é formar verdadeiros cientistas, tampouco obter única e exclusivamente mudanças conceituais, é formar pessoas que pensem sobre as coisas do mundo de forma não-superficial. O trabalho investigativo com crianças deve objetivar prioritariamente que desenvolvam a observação dos fatos da vida, começando a enxergar problemas nas coisas a seu redor, arriscando-se a fazer previsões e formular respostas, deixando encarar as coisas pelo senso comum, superficial e acriticamente. Deve fornecer um clima de desafio e mistério gerando vontade de resolver, adequadas ao nível cognitivo.
Após apresentar o problema, o professor deve promover uma nova organização de idéias no aluno. Verdadeiros problemas desenvolvem o gosto pelo “fazer” bem-feito, aumenta a auto-estima e sua confiança para enfrentar e explicar fatos novos, desenvolvendo várias habilidades pelo hábito de resolver problemas. Para isso o professor deve estar preparado para ouvir o que eles de fato tem a dizer, para que a criança não busque simplesmente qual a resposta correspondente à pergunta. Durante a resolução do problema deve-se: habituar a refletir e tomar decisões, incentivar a cooperação, dar tempo e espaço para a resolução.
    Quando se faz uma pergunta, supõe-se que gostaríamos de saber o que o outro pensa sobre o assunto, assim não podemos ter certeza absoluta do que o outro vai responder. Todavia algumas vezes percebemos entre aluno e professor um jogo de perguntas e respostas, onde o professor faz a pergunta sabendo de antemão o que espera como resposta e os alunos esforçam-se a descobrir qual a resposta esperada. Ironicamente fica esquecida o que realmente o aluno pensa sobre o assunto.
c)Levantamento de hipóteses
Questionamentos que irão direcionar para levantar as hipóteses dos alunos.
        Este momento pode ser usado como Diagnóstico, pois as discussões serão baseadas no senso comum, onde os alunos arriscam possíveis respostas às suas dúvidas.  Orientar os alunos que registrem suas considerações. Perceber até que ponto cada aluno é capaz de fazer uma observação da realidade sem inserir nela aspectos da sua imaginação. Realizar oralmente a partir de discussões, desenhos,...
        Inicialmente podem não ser hipóteses embasadas, mas forneceram a matéria-prima para o professor desenvolver com os alunos a superação da metodologia da superficialidade, chegando a hipóteses cada vez mais rigorosas em sala de aula e fora dela.
        As concepções dos alunos sobre o assunto tratado em aula orientam sua aprendizagem, pois interferem na sua interpretação dos fatos, dos resultados dos experimentos e daquilo que o professor diz. Suas explicações devem ser analisadas não tanto no sentido de quanto elas são semelhantes ou diferentes das explicações científicas mas para compreender seu pensamento. Muitas vezes, diante de situações de conflito cognitivo, os alunos não alteram seu conceito, adaptam a interpretação das observações ou dos resultados experimentais às suas explicações prévias.
       O conflito de idéias é o primeiro teste às hipóteses, algumas hipóteses serão descartadas, outras tentarão persistir mesmo estando ameaçadas. Novas perguntas serão feitas e novas hipóteses formuladas... e, quando isso ocorrer, as crianças estarão construindo o conhecimento.
d) Investigação
Quais estratégias de investigação o professor irá sugerir que os alunos usem. Lembrando que o professor deve orientar previamente sobre cada procedimento a ser utilizado.
        A aprendizagem se dá pela intensa atividade mental do aluno, fazendo relações e atribuindo significado, estabelecendo relações entre os fatos, comparando e julgando, a partir das intervenções realizadas pelo professor. O professor deve fomentar a utilização de outros sentidos, além da visão, incentivando que os alunos pensem modos de investigá-la.
        Para aproximar as construções dos alunos às das concepções científicas, buscar sensibilizar os alunos para a existência de explicações diferentes das suas, por meio de pesquisas, observações. O professor deve mostrar aos alunos que algumas explicações possuem mais coerência (suas premissas e seus pressupostos devem ser sempre adequados para explicar a realidade) e consistência (pode ser aplicada em contextos e situações distintas do dia-a-dia, porém “cientificamente equivalente”). Para tanto o aluno deve estar consciente das suas explicações para os fenômenos, para perceber as contradições. Este contraste deve favorecer um conflito cognitivo, contribuindo para que sintam necessidade de modificar tais idéias, devido perceber os pontos falhos de suas concepções, isto é, verificar que alguns desses conhecimentos prévios (hipótese inicial)não explicam parte da realidade (falta coerência) ou que só são válidos em uma dada situação, e não para outras equivalentes (falta consistência).
e) Validação (conclusão)
Estratégias para que o aluno, a partir do confronto de suas hipóteses com as investigações realizadas, conclua validando ou não as ideias levantadas.
      Neste momento o aluno já usou as observações e pesquisas (teorias), para validar ou não a hipótese, por meio do confronto de idéias.
·                Possibilitar um momento de auto-avaliação por parte do aluno do processo seguido.
f) Divulgação
Como serão socializadas as descobertas.
 Momento de valorização das descobertas dos alunos.


g) Novas indagações
Momento para perceber a possibilidade de desenvolver outros conteúdos e habilidades.
Estar atento aos interesses do aluno e/ou outros conteúdos a serem trabalhados que podem ser elencados a partir do tema gerador ou surgidas durante as investigações.


AVALIAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS
          Tradicionalmente, a avaliação restringe-se à verificação da aquisição de conceitos pelos alunos, mediante questionários. Todavia, o fato dos alunos responderem de acordo com o texto, não significa que tenham compreendido o conceito em questão.
               A avaliação pode ser efetivamente realizada ao se solicitar ao aluno que interprete situações determinadas. É necessário que a proposta de interpretação ocorra em suficiente número de vezes para que o professor possa detectar se os alunos são capazes de realizar observações, questionamentos, saibam rever, aplicar, testar e modificar suas hipóteses e explicações, ou seja, organizem informações sobre temas específicos com conceitos científicos.
Métodos de avaliação
- Formular problemas para verificar se os alunos compreenderam o que foi abordado na unidade didática, avaliando o aprendizado tendo em mente uma situação, o desenvolvimento e a resposta do aluno.
- Realizar uma aula de discussão para sistematizar o conhecimento adquirido;
- Escrever um relatório sobre o trabalho realizado;
Promover estratégias que respondam as seguintes questões:
- Que concepções dos alunos permaneceram sobre o assunto?
- O aluno é capaz de perceber a importância do conhecimento na sua vida?  
- De que ajuda cada aluno precisa para continuar avançando?

Fundamentação teórica

  Brasil.Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências naturais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
  Currículo da Educação Básica do Ensino Fundamental – Ensino Fundamental – Séries Anos Iniciais – GDF –     Secretaria de Educação Básica.
  Didática de Ciências, O ensino-aprendizagem como investigação. Coleção Conteúdo e Metodologia – Ciências. Maria Cristina da Cunha Campos e Rogério Gonçalves Nigro.


Sugestão de auto-avaliação para trabalho em grupo

Didática de Ciências, O ensino-aprendizagem como investigação. Coleção Conteúdo e Metodologia – Ciências. Maria Cristina da C. Campos e Rogério G. Nigro.pag. 175.

1.       Quando estou em um grupo de companheiros e amigos, sempre tento que façam o que quero.
2.       Falar em grupo não serve para nada, porque ninguém dá bola.
3.       Quando estou em grupo, tento convencer os outros quando acho que eles estão errados.
4.    É importante escutar os outros quando fazemos coisas em grupo.
5.    Não gosto de fazer trabalhos em grupo porque nunca entro em acordo com os meus companheiros.
6. Se estou em grupo e os outros querem que eu faça algo, eu respeito a decisão do grupo.
7. Quando se decide algo em grupo, levo em consideração a decisão dele, mesmo que não esteja de acordo.
8. Quando trabalho em grupo, eu mesmo prefiro estabelecer as regras.
9. Só trabalho em grupo quando o professor obriga.
10. Quando estou em um grupo e alguém me diz algo de que não gosto, fico agressivo.
11. Quando estou discutindo em grupo, espero os outros terminarem o que estão dizendo para eu, então, falar.
12. Quando estou em um grupo, não fico calado e digo aquilo que penso.
13. Quando estou em um grupo, tento falar com os outros para entrarmos em acordo.
14. Os grupos funcionam melhor quando todos concordam com as normas.
15. Gosto de cooperar com meus companheiros de grupo.
16. É mais agradável trabalhar em grupo.
17. Fazer coisas em grupo é uma chateação. Prefiro trabalhar sozinho.
18. É uma perda de tempo ter de escutar os outros quando estou em grupo.
19. Defendo as coisas que o meu grupo diz, mesmo que não esteja de acordo.
20. Quando estou em um grupo, me aborrece escutar o que os outros dizem.
21. É melhor trabalhar em grupo, pois se aprende mais.

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Um comentário:

  1. Eaai blz??voltei,vir visita denovo,como eu gosto de comentar vamos la...Li esse post umas 4,5 vez,o blog é bom demais,precisar nem falar nada,alguns amigos me recomendaram,Dizem que existe Rastreador de celular. Achei este link http://www.rastreador1.com/rastreador_de_celular_rastreador_gps_autotracker.php na net e gostaria de saber se alguém pode me dar referência?

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